Se tem algo que parece extremamente difícil de retratar no cinema com alguma verossimilhança, sem dúvidas é a imagem do adolescente. Na maioria das vezes, os personagens que vemos na tela são tão imaturos que se tornam bobos, previsíveis e sem uma gota de profundidade. Não que aos 16 ou 17 anos sejamos a imagem de um filósofo grego, porém vários diretores erram a mão na hora de retratar os dilemas dessa época. Além de John Hughes - que, aliás, sou suspeita para falar dele - poucos conseguem conversar com uma geração, e mostrá-la como ela realmente é. E a estreante mexicana Maria Torres consegue fazer isso com destreza em Com Amor, Anônima (2021), comédia romântica adolescente da Netflix . Relações virtuais e a Geração Z: um dilema à parte A começar pela escolha de narrativa, o ponto de partida são situações do cotidiano, mais precisamente, uma troca de mensagens que ocorre por engano. Na história, a jovem Valeria (Annie Cabello) está a poucos meses do fim do ensino méd...
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