MENINAS MALVADAS: A IMPORTÂNCIA DA SORORIDADE
Lançado em 2004, o filme que deu origem a uma das vilãs mais amadas (e odiadas) da história do cinema, não demorou para se tornar um fenômeno e consequentemente, sucesso de crítica e bilheteria.
O longa acompanha a história de Cady Heron (Lindsay Lohan), uma adolescente recém-chegada aos Estados Unidos que, após anos sendo criada na África e educada em casa pelos pais cientistas, matricula-se em um colégio público de ensino médio.
Em busca de aceitação e novos amigos, Cady acaba cruzando o caminho do grupo conhecido como "Os Plásticos", liderado pela abelha-rainha e líder de torcida, Regina George (Rachel McAdams).
Uma vez inserida na pirâmide hierárquica de popularidade do colégio, Cady não só descobre o porquê de seu novo grupo de amigos ser tão temido, como também acaba se deixando levar pelas aparências, tornando-se obcecada em ser a "nova abelha-rainha".
MAS POR QUE É BOM?
Para mim, um dos fatores determinantes para tornar uma obra inesquecível é sua capacidade de ser atemporal. Mesmo 15 anos após seu lançamento, Meninas Malvadas continua incrivelmente atual e dinâmico.
A discussão sobre as consequências do bullying na adolescência e o quanto a competição já pré-estabelecida socialmente entre mulheres é tóxica e problemática permeia o filme inteiro, juntamente com um humor ácido e divertido, que sem dúvidas, não teria funcionado tão bem com outro elenco - destaque para o quarteto principal, sobretudo para Rachel McAdams, brilhando na pele da adorável megera Regina George.
Mas ainda assim, o ponto principal aqui é a sororidade feminina.
Em uma das cenas mais marcantes do filme, quando o "Livro do Arraso" é descoberto e todos do colégio acabam sendo terrivelmente expostos pelas anotações maldosas de Regina, o discurso de Srta.Norbury (Tina Fey) sobre a necessidade de as que as mulheres deixem de se ofender e se tratar como se estivessem em uma competição, é como um tapa na cara.
Ao final, as palavras de Cady ao distribuir simbolicamente a coroa de rainha do baile para todas as meninas do colégio já que todas são igualmente merecedoras, selam perfeitamente a lição de moral que o longa passa com primor: não trata-se de uma competição e sim de uma caminhada feminina e coletiva em direção ao sucesso.
Nota: 🌟🌟🌟🌟🌟




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